quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Saudades de meu caminhãozinho

Gente eu realmente estou cansado de minha vizinhança.
Olha que depois de muitas idas e vindas eu estou há uns 6 anos na casa onde minha vida cipoense começou há 21 anos atrás.
Muita coisa mudou. Meninos daquela época tornaram-se homens (alguns), as ruas de terra do lado A do Martins Fontes ganharam asfalto e iluminação pública, vizinhos novos chegaram e saíram.
Olha eu tenho saudades da época que eu brincava com meu caminhãozinho com meus amigos depois da escola, sabe, na rua mesmo, cada um com seu brinquedo, um com um tratorzinho, o outro com caminhão, carrinho...Parecia uma obra do PAC em miniatura, uma grande empreitada sabe. Era sempre assim, depois da escola e de assistir os programas da TV Cultura, era quase religioso, saia rumo à rua e brincava com eles.
Hoje o que se tornou nossa vizinhança?
Temos os mais variados tipos de gente (ruim diga-se de passagem), mas o que me preocupa é as crianças.
Temos uma vulgarização do jeito de ser, as meninas estão muito piriguetes, e todo mundo com um celularzinho MP11 tocando uma música de gênero desagradável.
E os fins de semana então, nossa, aqui na nossa rua vira uma competição de som automotivo em que parece que a disputa em questão é quem consegue tocar uma música pior.
Muita gente que cresceu comigo ou está presa, ou muito próxima disso.
Não dá nem pra critica-los pelos pais, porque esses sim continuam pessoas de moral ilibada, trabalhadores e no caso, o problema são os filhos.
Muitos dos que moram conosco já conseguiram aparecer na televisão, tudo bem que em programas policiais, mas apareceram né?
Eu me pergunto onde nossa vizinhança vai parar desse jeito?
Hoje quando você sai de casa à noite o que você vê nas ruas é grupinhos de manos e muitos desses manos eram apenas meninos que cresceram contigo.
Meninas acada dia mais vulgarizadas que não se dão o valor e nem o respeito. Sempre com roupinhas minusculas e uma marra maiúscula.
É estranho mas isso não lembra nada o que era o meus tempos de criança, onde a coisa mais errada que fazíamos era brincar na terra, porque isso sujaria nossas roupas.
Nossa quanta diferença!

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